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17/04/17

Alunas publicam vídeos contra machismo na engenharia

Vídeos que reúnem depoimentos e imagens de estudantes sobre abusos na Universidade de São Paulo (USP) viralizam na internet.

Imagem: Divulgação campanha 'USP, aqui não!'Imagem: Divulgação campanha 'USP, aqui não!'

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) lançou, no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março último, o vídeo “USP: Aqui Não”, produzido pela instituição, e que trata do tema "Abuso na Universidade". Nele, alunas contam casos de situações machistas, de assédio e violência sexual vivenciadas por elas ou por colegas em salas de aula, festas ou até mesmo no cotidiano da instituição.

Vídeos produzidos pelas próprias estudantes da Poli começaram a se espalhar no Youtube, com versões diferentes identificadas pelas siglas dos centros da instituição (CEE, CAEA, CEC, CAEP, AEQ), denunciando as discriminações e abusos que sofrem no dia a dia de estudos. Os vídeos fazem parte da gincana IntegraPoli 2017.

Após algumas cenas introdutórias associadas ao curso de origem, algumas com típicas de farras estudantis masculinas, a produção das jovens começa com uma sequência de rostos e expressões femininas ao som da canção Survivor (Clarice Falcão) que não deixa dúvidas. A série de vídeos é um protesto e uma reação das estudantes ao ambiente machista e opressor da universidade ocupada majoritária e tradicionalmente por homens.

Os vídeos trazem quase sempre a voz de Clarice dublada por uma estudante. As demais, inspiradas pelo clip da cantora, expressam com gestos, olhares e frases escritas no rosto, a opressão, a indignação e a resistência a que são obrigadas. Elas são 27% do conjunto de alunos da escola (média dos últimos cinco anos). São as que sobrevivem.

Não é de hoje que as estudantes da Poli se mobilizam contra o machismo na instituição, que vem da parte de alunos e professores. No ano passado, criaram uma página no Facebook, intitulada “Politécnicas R.existem”, para compartilhar denúncias. Em pouco tempo, a página recebeu centenas de depoimentos, milhares de curtidas e foi parar nos jornais. As hashtags #MeuQueridoProfessor e #MeuQueridoPolitécnico.acompanhavam as denúncias.

A canção de Clarice Falcão, interpretada em inglês, é uma afirmação da resistência ao cerco machista que agride a autoestima e autoconfiança das mulheres. "Você pensou que não cresceria sem você. Agora estou mais sábia", diz um trecho. E seu refrão é enfático: "Eu não vou desistir/ Eu não vou parar/ Eu vou trabalhar duro/ Eu sou uma sobrevivente/ Eu vou conseguir/ Eu vou sobreviver/ Eu vou continuar sobrevivendo.”

Os vídeos têm algumas versões disponíveis no Youtube, como as dos cursos de engenharia ambiental (CAEA), elétrica e computação (CEE), civil (CEC), de produção (CAEP) e química (AEQ).

Confira no site do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) alguns dos vídeos mencionados.


Fonte: Seesp

(publicado por Deborah Moreira)





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