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22/09/20

Todos em defesa do Guia Alimentar

“Guia precisa ser reconhecido e não revisado”, atestam nutricionistas em resposta a nota técnica do Ministério da Agricultura.

 

 

O Guia Alimentar para a População Brasileira ganhou holofotes na semana passada, quando veio a público nota técnica do Ministério da Agricultura afirmando que o documento, editado pelo Ministério da Saúde, deveria ser revisado.

 

Uma das críticas é como o documento agrupa os alimentos a partir do nível de processamento. Segundo o parecer do Ministério da Agricultura, essa classificação é “confusa”, “incoerente” e “impede ampliar a autonomia das escolhas alimentares”. Na prática, uma vez acatada, essa revisão poderia fazer com que o guia mudasse o tom e passasse a recomendar o consumo de produtos industrializados, tais como sopas de pacote, macarrão instantâneo e pratos congelados.

 

A sociedade civil e instituições especializadas se insurgiram contra o pedido da pasta da Agricultura. Uma das ações mais contundentes partiu da Aliança pela Alimentação Saudável, da qual o Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo (SindiNutri-SP) faz parte. A entidade lançou manifesto contrário à proposta e ainda abriu para que pessoas físicas e jurídicas pudessem subscrevê-lo.

 

A ideia é entregar o documento ao Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 24 de setembro. O SindiNutri-SP, por meio de suas redes, se posicionou imediatamente contrário à recomendação de revisão e afirmou: "as definições contidas no Guia são baseadas em evidências científicas. Suas diretrizes visam a promoção da Saúde e garantia de segurança alimentar e nutricional. O guia precisa ser reconhecido e não revisado".

 

Clique aqui e veja na íntegra nota da Aliança pela Alimentação Saudável e assine o manifesto em defesa do Guia Alimentar.

 

Pela valorização

O sistema Conselho Federal e Conselhos Regionais de Nutricionistas (CFN/CRN) também por meio de nota oficial manifestou-se contrário a proposta de revisão do Guia Alimentar, salientando, entre diversos pontos, o caráter científico do documento oficial, seu alinhamento com recomendações internacionais de promoção da alimentação adequada e saudável, sua importância para o exercício profissional do nutricionista e do técnico em nutrição e dietética e seu valor para a sociedade brasileira.

 

O texto ressalta que o processo de elaboração do guia, realizado entre 2011 e 2014, “incluiu importantes etapas para promover a construção coletiva e proporcionar ampla participação e discussão do seu conteúdo pela sociedade, dentre elas, destaca-se a organização de oficinas, a realização de discussões online com atores sociais e consulta pública da minuta do guia, que recebeu 3.125 contribuições de 436 indivíduos e instituições públicas, privadas e do terceiro setor, incluindo a academia e o setor produtivo”.

 

O CFN destaca ainda que o guia fundamenta-se “na premissa de que são necessárias informações confiáveis para que as pessoas ampliem sua autonomia para fazer escolhas alimentares mais conscientes e exijam o cumprimento do direito humano à alimentação adequada e saudável”, afirmando o trabalho de cuidado com as informações prestadas pelo documento, ao contrário do que diz o Ministério.

 

A classificação dos alimentos segundo o tipo de processamento utilizada no guia é uma inovação, conforme defende a nota dos conselhos, alinhada a abordagens internacionais, apoiadas em evidências científicas que “demonstram que uma alimentação baseada no consumo de alimentos processados e ultraprocessados está associada ao aumento da morbidade e da mortalidade por diversos agravos à saúde, especialmente as doenças crônicas não transmissíveis.”

 

Leia a nota na íntegra clicando aqui.

 

 

 

Fonte: SindiNutri-SP, com informações do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN).

 

 

 

 

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