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16/08/16

A engenharia e a internet das coisas

Evento promovido em Florianópolis pela parceria FNE, Senge-SC e Diário Catarinense contou com palestra sobre avanços e desafios na área da tecnologia da informação.

A evolução na área da comunicação, a internet das coisas, fenômeno que transformou a maneira da humanidade se relacionar – entre si e com as máquinas – e agilizou processos em todas as áreas da engenharia e, consequentemente, na sociedade. Este foi o teor da palestra "Os desafios da engenharia brasileira na sociedade do conhecimento", ministrada pelo engenheiro eletricista e professor da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Zuffo, que também conselheiro consultivo da CNTU e coordena o Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação da entidade. O evento, que reuniu na segunda-feira (15/8) cerca de 200 pessoas no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), em Florianópolis, encerrou com chave de ouro o ciclo de palestras promovidas pelo Diário Catarinense com a parceria e o apoio da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e do Sindicato dos Engenheiros do Estado de Santa Catarina (Senge-SC), e que integra as discussões do projeto "Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento". 

A proposta foi ampliar as discussões sobre o papel do engenheiro na sociedade, mostrar as tendências tecnológicas que estão mudando a humanidade e os desafios para os quais engenheiros devem estar preparados. “Nunca antes, na história da humanidade, se conseguiu interagir tanto com as máquinas como agora”, afirmou Zuffo. 

O palestrante explicou que com a internet a interação se dá intensamente e de forma coletiva, formando uma rede orgânica. “São mais de quatro bilhões de humanos interligados em tempo real. As informações giram de forma instantânea. E a internet das coisas não está apenas no computador, mas na caneta, nos telefones, na medicina e nas próteses, por exemplo. A velocidade do computador de um celular é a mesma que a existente nos computadores do governo nacional, na década de 1980”, garante. Segundo ele, o Brasil é o terceiro maior consumidor de tecnologia do mundo, “consome mais transistores do que grãos. No entanto, nós perdemos a capacidade de pensar no futuro. Precisamos mudar isso”. Para Zuffo, o engenheiro moderno é capaz de resolver problemas de forma analítica e método, portanto, a engenharia precisa ir muito além da indústria, vai ter que entrar na área da linguística e da psicologia.

O presidente do Senge-SC, Fábio Ritzmann, ao fazer a ligação entre o projeto "Cresce Brasil" e o workshop de Gestão de Valor, afirmou ressaltou a relação entre desenvolvimento, tecnologia e engenharia. Ritzmann elogiou a palestra e ressaltou a importância de sensibilizar o poder público, "provocá-lo" para que se modernize. “No momento de instabilidade econômica, social e política, o tema é oportuno, um estímulo para se buscar novas soluções e isso passa pela tecnologia. A palestra, com uma visão ampla, periférica das coisas, mostrou que a internet não se limita aos computadores e que não há como frear este processo. Então vamos entrar na onda como protagonistas, não como coadjuvantes”, convidou. “Fico chateado com a contradição que vemos, precisamos disseminar esse conhecimento, que deveria ser acessível a todos. Deveríamos ter internet pública, para facilitar o acesso à tecnologia para pessoas de baixa renda”, completou.

Murilo Pinheiro, presidente da FNE e da CNTU, afirmou que foi um evento muito especial para a entidade por trazer um dos maiores especialistas em informação do País, referência na engenharia brasileira "que acrescenta muito conhecimento para nós". Pinheiro elogiou o presidente do Senge-SC, Fábio Ritzman, por contribuir muito nas discussões nacionais ao apoiar debates como esses. “É a engenharia unida como forma de solucionar a crise nacional com desenvolvimento e crescimento. Somente com unidade faremos a diferença e mudar para um Brasil que todos queremos.”

Os debatedores convidados, André Pierre Mattei, diretor do Instituto Senai de Inovação em Sistemas Embarcados; Otávio Ferrari Filho, diretor de Projetos de Telecomunicações da Sucesu-SC; e Victor Rocha Pusch, diretor da empresa SensorWeb, contribuíram com suas experiências, seus comentários e questionamentos, enriquecendo ainda mais as três horas de duração do evento.


Fonte: FNE - Texto de Denise Christians


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