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19/05/20

Mais do nunca, internet é serviço essencial

Murilo Pinheiro

“Acesso à internet significará, de forma definitiva, direito ao trabalho, à educação e à cidadania plena”, defende presidente da CNTU em artigo.

 

 

A universalização do acesso à internet é bandeira da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU) há bastante tempo. O tema da internet pública integra a Campanha Brasil Inteligente e a entidade defende o acesso à internet como um direito essencial, a exemplo do fornecimento de energia e saneamento básico. Portanto, é preciso universalizar o acesso de qualidade com tarifas razoáveis, e não a preços exorbitantes. Isso se impõe tendo em vista a digitalização crescente e necessária de vários serviços públicos e privados, das possibilidades de educação e trabalho a distância, mas também pelo direito à cultura e ao lazer.

 

Tal realidade torna-se gritante no momento presente, em que o esforço de isolamento social para conter a pandemia do novo coronavírus exige que as atividades sejam realizadas a distância. E, no entanto, apesar de ser absolutamente essencial, o acesso à internet está longe de chegar a todos os brasileiros. Matéria da Folha de S. Paulo do sábado (16/5) informa que nada menos que 70 milhões de pessoas têm acesso precário ou sequer estão conectadas à rede mundial dos computadores. Essa situação se somou a outras falhas existentes para agravar, por exemplo, a imensa dificuldade de muitos para se credenciarem a receber o auxílio emergencial, o que gerou filas e perigosas aglomerações nas agências da Caixa Econômica Federal (CEF).

 

Isso porque, obviamente, o tema acompanha a desigualdade social no Brasil. Conforme também relata a matéria, têm menor poder aquisitivo os mais de 42 milhões que nunca acessaram a rede. Entre os conectados nas classes D e E, 85% utilizam a internet só pelo celular e com pacotes limitados. Essa parcela da população está excluída, por exemplo, das aulas a distância que as escolas fechadas pela quarentena estão oferecendo para que os alunos não fiquem sem atividade e conteúdo.

 

O quadro demonstra que precisamos correr para recuperar o prejuízo da falta de infraestrutura de internet no País ou pagar o preço de tornar ainda maior o abismo social já presente entre nós.

 

Isso é fundamental até porque, como já sinalizam especialistas e o próprio senso comum conclui, nada será como antes. Mesmo quando for seguro sair às ruas e reunir pessoas no mesmo ambiente, as atividades virtuais continuarão na nossa agenda. A praticidade, a economia de tempo e de recursos com deslocamento transferirão inúmeras iniciativas para o “online”. É imperioso, portanto, que todos possam participar. Acesso à internet significará, de forma definitiva, direito ao trabalho, à educação e à cidadania plena.

 

 

 

*Murilo Pinheiro, presidente da CNTU.  

 

 

 

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