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15/05/13

Campanha exige internet pública de qualidade para todos

Após 15 anos da privatização das telecomunicações, é preciso recuperar o atraso do setor, recuperar o papel do Estado para assegurar infraestrutura, investir pesadamente na formação de conhecim

A 4ª Jornada CNTU - Brasil Inteligente pretende fazer soar um alarme com a mobilização de todas as suas categorias. Se a expansão de banda larga não for assegurada para todos, com urgência, o Brasil pode perder a corrida internacional desenvolvimento das TICs (tecnologias de  informação e comunicação), face aos grandes  investimentos  para o setor anunciados por outros países. 

No Brasil, os serviços são caros e velocidade é baixa. Com as telecomunicações foram privatizadas há  15 anos houve a privatização  das telecomunicações, os preços  chegam a ser cinco a dez vezes superiores aos de economias avançadas, segundo a UIT (União Internacional de Telecomunicações), o que impede o país de vencer um dos grandes desafios que é a  a inclusão digital, de modo que todos os brasileiros estejam conectados à rede mundial de computadores  em condições  adequadas com o atual paradigma tecnológico.

A disponibilidade de infraestrutura de telecomunicações é fator-chave para tanto. Outro aspecto decisivo é transformar a expansão da internet em meio de desenvolvimento tecno- lógico e industrial.

Banda larga e inclusão digital

Entre as principais razões, destacam-se a falta de inversões públicas e a ausência de políticas para a coordenação do setor, desde a privatização das telecomunicações, ocorrida há 15 anos. Com a falta de investimentos do Estado,  o setor privado organizou-se de forma a atender seletivamente os  clientes, privilegiando  em  geral famílias de alta renda residentes em grandes centros urbanos. Mesmo nas cidades grandes e nos segmentos sociais contemplados, há problemas graves, pois as prestadoras de serviços expandem lentamente suas redes de alta velocidade, privilegiando a expatriação dos lucros obtidos no Brasil e relegando para segundo plano os investimentos necessários à inclusão digital. Promovê-la significa ao menos assegurar disponibilidade de acesso, conteúdo adequado e capacitação dos usuários.

O PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) promete diminuir a exclusão, especialmente no quesito acesso, oferecendo banda larga por valor mensal que varia entre R$ 29,00, nos estados que aprovarem a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e R$ 35,00, nos demais. A CNTU alerta, no entanto, que não se pode desconsiderar o enorme desafio técnico, econômico e político que é viabilizar a oferta com nível satisfatório de qualidade a esse preço.

Apesar da adesão e do entusiasmo da sociedade brasileira com a internet, o País possui uma das piores infraestruturas existentes. Exceção é a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), pública, bastante avançada e em permanente expansão. Financiada pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, é a maior do Brasil, conectando as principais universidades e institutos de pesquisa, mas ainda deixando em desvantagem regiões como o Centro-Oeste, Norte e as de fronteira. 

Além de enfatizar o papel do Estado no forte investimento na infraestrutura, a CNTU defende a valorização do produto nacional. Com a privatização, a indústria brasileira de fabricantes de equipamentos de telecomunicações foi extinta. A campanha defende parcerias estratégicas com a base científica já instalada em diferentes regiões do país e investimentos bem canalizados para transformar o quadro atual.

Entre as metas imediatas da campanha da CNTU está a de implantar a infraestrutura necessária para a realização dos grandes eventos esportivos em 2014 e 2016, conectando  todas as escolas e demais serviços públicos nas cidades-sede da Copa. Uma conexão total da rede de ensino seria possível até 2018, assim como todos os serviços públicos.

Até 2022, ano do Bicentenário da Independência, o Brasil pode ter a banda larga universalizada, além de uma centena de empresas brasileiras de alta capacidade inovacional e produtiva em microeletrônica e produção de componentes;  Para além da infraestrutura, o Brasil pode figurar também entre os maiores produtores mundiais de conteúdos e cultura digital, com adequadas políticas públicas de estímulo à sua inteligência.

Entre as recomendações da Campanha está a de  investir maciçamente  na formação  de conhecimento  e de recursos humanos na área de telecomunicações e na formulação de políticas públicas vigorosas que ampliem os incentivos às indústrias criativas.

A campanha "Pela Implantação da Internet Pública" será tema da edição  nº 2 da revista Brasil Inteligente, que apresentará as oito campanhas da CNTU. O lánçamento conjunto com um Kit das Campanhas será parte da programação da  4ª Jornada CNTU - Brasil Inteligente, que debaterá os desafios da década para que o país chegue ao Bicentenário da Indpendência, em 2022 com desenvolvimento e justiça social. As atividades terão início às 9h de 24 de maio (sexta-feira), no Auditório do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo.



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