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22/03/17

Em defesa da água: sem tempo para discursos

No Dia Mundial da Água, engenheira defende um novo olhar sobre o que é água, com mais responsabilidade, e a aplicação da engenharia na preservação dos recursos hídricos.

 

“A preservação da água é um dos maiores desafios da humanidade." A observação foi feita pela engenharia ambiental Marcellie Dessimoni, também coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro do Seesp, no Dia Mundial da Água, comemorado nesta quarta-feira (22/03). Para ela, mais do que refletir, é preciso agir, vaticinando: “Não temos mais tempo para discursos."

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), até 2030 a demanda por água no mundo aumentará em 50%. Ao mesmo tempo, mais de 80% do esgoto produzido voltam à natureza sem ser tratados. Somado a isso, estão as mudanças climáticas. Relatório coordenado pela Unesco - braço das Nações Unidas para a educação - aponta que grande proporção de água residual ainda é liberada no meio ambiente sem ser coletada ou tratada. Isso ocorre principalmente em países de baixa renda, que, em média, tratam apenas 8% das águas residuais domésticas e industriais, em comparação com 70% nos países de alta renda.

“Tivemos uma crise hídrica há bem pouco tempo aqui no Estado (de São Paulo). Precisamos planejar mais e melhor para que não tenha escassez. Precisamos de ações que resultem na gestão dos recursos hídricos”, salientou Dessimoni, que esteve presente, na terça-feira (21), no debate promovido por engenheiros e agrônomos em um encontro preparatório da categoria que levará suas discussões e propostas ao 8º Fórum Mundial da Água, que acontecerá entre 25 e 30 de março de 2018, em Brasília. O Seesp e a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) possuem representantes no conselho do Fórum.

Ela ressaltou que os engenheiros devem ter total participação, sejam em grandes empreendimentos, com soluções mais complexas, seja no dia a dia. “São as soluções pequenas e simples que muitas vezes fazem uma enorme diferença." E acrescentou: "As tecnologias podem ajudar a diminuir o desperdício, que ainda é muito. Os recursos hídricos precisam de uma nova abordagem e a engenharia precisa participar em peso na busca de soluções."

A engenheira lembrou, ainda, dos Objetivos do Desenvolvimento (ODS) do Milênio, redefinidos na Assembleia Geral da ONU, em 2015, quando foi adotado o documento "Transforming Our World - The 2030 Agenda for Sustainable Development", cujo estrato é a definição dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável global para 2030.

“Como se adaptar e se preparar para alcançar esses objetivos. O Brasil, como país que possui uma das maiores reservas de aquífero, tem uma grande responsabilidade na busca dos ODS ”, lembra, referindo-se ao 6º e ao 14º objetivos que são “Água potável e saneamento” e “ Vida na Água”, respectivamente.

A ONU apontou que cerca de 1,8 bilhão de pessoas no mundo usam fontes de água contaminadas por fezes para beber, e, a cada ano, são registradas 842 mil mortes relacionadas à falta de saneamento e higiene, bem como ao consumo de água imprópria.

Pertencimento
A engenheira falou também de um novo entendimento sobre a água, que “deve ser vista com um olhar de pertencimento” descrito pela bióloga Priscilla Morhy, conselheira da CNTU.

“As pessoas não se sentem como parte da água. Eu tenho agua, bebo, utilizo para cozinhar, mas ela não faz parte de mim. No entanto, seu corpo tem 70% de água. O planeta é formado em sua maioria por água e qual o sentimento que nós temos em relação à água? Como nos relacionamentos com esse bem tão precioso”, indaga Dessimoni. "O pertencimento é um sentimento mútuo. É você pertencer aquilo e aquilo também te pertencer. É um olhar mais profundo que muda a forma como trabalhamos a educação ambiental, por exemplo", finalizou.


Comunicação CNTU
Reprodução de matéria de Deborah Moreira publicada no site do Seesp

 

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