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21/08/17

CNTU agora conta 1.232 conselheiros consultivos

Durante plenária, foram empossados 129 novos integrantes do chamado "Conselho das 1.000 cabeças". Além disso, no ensejo, foram apresentadas propostas e ações para se superar a crise atual.

Agora somam-se 1.232 integrantes. Fórum para apresentação de proposições e diagnósticos em auxílio à entidade na definição de suas ações e projetos, a plenária integrou a programação da 11ª Jornada Brasil Inteligente – Emprego e desenvolvimento rumo ao Brasil 2022, sediada no auditório do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), na capital paulista. O evento culminou na aprovação por unanimidade da “Carta da 11ª Jornada Brasil Inteligente” reunindo em dez pontos as contribuições desta edição. Ao final, os participantes foram brindados com a interpretação do ator Jitman Vibranovski do monólogo “Marx baixou em mim – uma comédia indignada”, adaptação de “Marx in Soho”, do americano Howard Zinn.

Abrindo a plenária, o diretor de articulação nacional da confederação, Allen Habert, destacou: “A união de todos faz uma grande orquestra de pensadores, lideranças de todas as idades, essa inteligência coletiva. Mesmo com partitura, se deixarmos solta, não haverá a necessária sintonia fina. A CNTU criou o Conselho Consultivo para se aproximar da sociedade, dialogar com todos os setores à incorporação de demandas e soluções. Cada um de vocês tem uma enorme contribuição ao País. A confederação quer potencializar o produto desse conhecimento dentro do projeto Brasil 2022 e criar uma grande onda nos próximos cinco anos rumo ao novo momento de nosso desenvolvimento e história.”

Entre os empossados, Walter Marinho, PhD em gestão e inovação, salientou que “estamos vivenciando a quarta revolução industrial, que terá grande impacto à criação de novos empregos. Precisamos pressionar o governo a esse desenvolvimento tão importante para toda a sociedade”. Ainda no rol dos novos conselheiros consultivos, o jornalista Audálio Dantas frisou: “Temos condições de evitar que o Brasil seja impedido de seguir os rumos que merece por suas lutas pela Independência e em defesa das liberdades públicas. O momento é muito difícil para o nosso país. Honro-me em pertencer a esse conselho, como a de outras entidades, cujo objetivo comum é lutar pela superação desta situação.”

Ao também tomar posse durante a plenária, a ativista no combate ao racismo e especialista na Organização das Nações Unidas (ONU) para a promoção da igualdade, Edna Roland, enfatizou o “profundo paradoxo” entre a imagem do Brasil como país pacífico e seus altos índices de violência contra a mulher, os negros e povos indígenas. “Talvez essa imagem seja a utopia que gostaríamos de ser. Para que possamos caminhar nessa direção, precisamos que o diálogo contemple os segmentos contra quem essa violência se abate todos os dias.” Marina Luiza Rodrigues Molina apresentou os dados: “Hoje são assassinados 30 mil jovens por ano no Brasil entre 15 e 29 anos, sendo 77% negros, os quais também são atingidos pelo encarceramento em massa. Precisamos construir um projeto nacional democrático, soberano e socialmente inclusivo.” Para o arquiteto Éder Roberto da Silva, o direito à cidade deve estar nessa pauta.

O físico nuclear e professor da Universidade de São Paulo (USP), Otaviano Marcondes Helene, levantou a preocupação com o “sistema educional brasileiro excludente”. “O País é recordista sul-americano no percentual de analfabetos. Essa é a sociedade da diferença, não da inclusão. Não há crescimento econômico sem investimentos e sem profissionais. O Brasil é a quinta economia do mundo e forma proporcionalmente menos engenheiros que as Coreias, Irã, Vietnã, Turquia, China, Índia e vários outros.” Para o docente, a agenda Brasil 2022 deve incluir fortemente a reversão desse cenário, com inclusão educacional e formação de quadros qualificados ao crescimento da produção econômica. Presidente em exercício da CNTU, Gilda Almeida destacou nesse sentido uma das campanhas Brasil Inteligente em curso, “Por um Sistema Nacional de Educação Continuada dos Profissionais Universitários”. Além desses, também representaram os novos conselheiros consultivos Elias Awad, André Luiz dos Santos Teixeira, César Antônio Locatelli de Almeida e Valéria Sanchez.

Projetos e ações

À plenária, foram feitas propostas e anunciadas ações para o Brasil superar a crise atual por vários conselheiros, como Ceci Juruá, Fernanda de Lima, Paulo Cannabrava Filho e Maria Cristina Palmieri, a qual sugeriu incorporar à agenda da CNTU os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável elencados pela ONU. A jornalista Eleonora Allgayer Canto de Lucena, empossada à ocasião, apresentou o Manifesto do Projeto Brasil-Nação. Entre os cinco pontos que condensa, defesa da “queda de juros, política cambial, retomada de investimentos públicos, estímulo a economia com prioridade à saúde e educação e reforma tributária”.

Já o conselheiro Sérgio Storch trouxe à plenária uma das iniciativas que vêm sendo desenvolvidas pela CNTU: o projeto de gestão do conhecimento, que culminará na criação de um portal que reunirá textos e contribuições em temas como direitos humanos, defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), direito à cidade, trabalho e renda básica de cidadania – este último tema abordado pelo vereador Eduardo Matarazzo Suplicy. Presente no ensejo, o deputado estadual por São Paulo Carlos Neder (PT) informou sobre a proposta de audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo com o tema da 11ª Jornada (emprego e desenvolvimento rumo ao Brasil 2022). Ressaltou, assim, a importante contribuição da CNTU para qualificar o debate e para que o Parlamento se democratize.

Os representantes das entidades filiadas à CNTU também deram sua contribuição. O presidente em exercício da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), Carlos Bastos Abraham, destacou a defesa de contratação nacional em licitações públicas, como à exploração do petróleo e gás. Já o presidente da Federação Interestadual dos Odontologistas (FIO), José Carrijo Brom, e a representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Elaine Cristina Câmara Pereira, levantaram a urgência de se defender o SUS, seriamente ameaçado com a aprovação e sanção presidencial da Emenda Constitucional 95, que congela os gastos públicos por 20 anos. Ambos condenaram ainda a reforma trabalhista transformada em lei recentemente. Na mesma direção, o presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran), Ernane Silveira Rosas, chamou a mobilização que garanta informação verdadeira à sociedade sobre o que significam as recentes mudanças aprovadas no Congresso Nacional. À frente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo (Sindecon-SP), Pedro Afonso Gomes, concluiu: “Temos o trabalho de unir as pessoas. Contem conosco para construir um Brasil inteligente, com geração de empregos e desenvolvimento.”

Soraya Misleh
Comunicação Seesp


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