Servidores reúnem milhares e marcam novo ato no dia 20 de março
Os servidores de São Paulo realizaram ato com milhares, entre eles os engenheiros, que permanecem em greve, como demais categorias.
Os servidores compareceram em peso ao chamado dos sindicatos das diversas categorias do funcionalismo público da cidade de São Paulo. As entidades estimam um número entre 80 a 100 mil pessoas nas imediações da Câmara Municipal de São Paulo (CMSP), na tarde de ontem (15/3), quando era realizada uma audiência pública sobre o PL 621/16, que institui o chamado SampaPrev, regime complementar de previdência com aumento da contribuição dos servidores de 11% para até 19%, variando conforme faixa salarial.
Já está marcado para às 13h de terça-feira (20) uma nova manifestação, onde os servidores deliberarão sobre a permanência da greve, iniciada em 8 de março último. Os engenheiros da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP) também estão com atividades na prefeitura paralisadas para pressionar o governo a retirar o PL da Câmara. Ontem, os grevistas presentes, em assembleia em frente à Câmara, decidiram pela continuidade da paralisação. O balanço da paralisação no setor da educação pe de que mais de 90% das cerca de 1.600 escolas da rede municipal aderiram.
Hoje (16), os engenheiros estão visitando as repartições para ampliar a mobilização da categoria, atualizando a situação política atual. Na segunda (19), eles estarão na sede do SEESP para organizar a mobilização, como a confecção de faixas, para o ato da próxima terça-feira.
“Todos os engenheiros estão convocados para a próxima mobilização”, enfatizou Sergio Souza, engenheiro da prefeitura e diretor do SEESP.
Novas adesões à greve estão ocorrendo como as equipes da Alimentação Escolar, que decidiram nesta sexta paralisar as atividades até terça (20).
Na terça (14), mesmo com os protestos e a violência empregada contra os manifestantes, os vereadores da na Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo (CMSP) aprovaram o texto do PL por seis votos a três. Os vereadores que votaram a favor foram: André Santos (PRB), Aurélio Nomura (PSDB), Caio Miranda (PSB) – relator do PL que apresentou parecer favorável -, Edir Sales (PSD), João Jorge (PSDB) e Sandra Tadeu (Democratas). Os que foram contrários ao PL são Celso Jatene (PR), Claudio Fonseca (PPS), e Reis (PT).
Foto: divulgação
Servidores da Mooca se manifestam em defesa da aposentadoria e contra o PL 621/16.
Para que o projeto vá a plenário, é preciso ainda os pareceres favoráveis de duas comissões (de Finanças e Orçamento e de Administração). Depois, para ser aprovado ele precisa passar por dois turnos de votação.
Audiência pública?
“Uma Audiência Pública repleta de policiais, prontos para começar a violenta repressão novamente.” Assim descreveu a audiência pública, das comissões permanentes de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ) e de Finanças e Orçamento, da Câmara, o Sindicato dos Especialistas em Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp). Segundo a entidade, representada por seu secretário geral João Alberto de Souza na audiência “ficou evidente a falta de argumentos dos governistas, que insistem em um déficit que não existe“esquecendo a dívida histórica da prefeitura com o Iprem”.
Poucos foram os que conseguiram entrar na sala, cuja entrada foi expressamente para imprensa sindical foi expressamente proibida, pela assessoria da Câmara, de ter acesso à discussão pública. Milhares de servidores ficaram de fora.
Além disso, a imprensa dos sindicatos foi impedida de entrar, como a do SEESP. Em frente ao Salão Nobre, a jornalista Soraya Misleh foi barrada pelo assessor de imprensa institucional da Casa, Leandro Martins, que afirmou categoricamente que“jornalista de sindicato não entra, precisa pegar senha de acesso à audiência. Só veículo de comunicação pode acompanhar” sem se dar conta da existência da imprensa sindical e seus veículos de comunicação, como o site do SEESP, onde está sendo publicada toda a cobertura sobre o tema. Leia matéria completa aqui.
Fonte: Seesp