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05/04/19

Dia Mundial da Saúde: universal, para todas e todos, em todos os lugares

Saúde universal significa garantir que todas as pessoas tenham acesso, sem discriminação, a serviços integrais de qualidade, sem enfrentar dificuldades financeiras.

Em 2019, o Dia Mundial da Saúde, que é celebrado todos os anos no dia 7 de abril, marca o fim das celebrações do 70º aniversário da Organização Mundial de Saúde. Na Região das Américas, estas celebrações foram enquadradas sob o tema “Saúde universal: para todas e todos, em todos os lugares”.

A data é comemorada após a Conferência Global sobre Atenção Primária à Saúde de 2018, em Astana, e antes da reunião de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre Cobertura Universal de Saúde, que acontecerá em Nova York em setembro deste ano. Ambos os eventos representam uma grande oportunidade para a OPAS/OMS reiterar seu compromisso com a saúde de todas as pessoas, com foco no papel fundamental da atenção primária à saúde (APS) para avançar rumo à saúde universal.

Na região das Américas, esta campanha está focada na equidade e na solidariedade, abordando as barreiras ao acesso à saúde e aos serviços de saúde, com o objetivo de melhorar a compreensão sobre a saúde universal e promover ações que contribuam para torná-la realidade.

Como expressão da Saúde para Todos no século XXI, a saúde universal requer o envolvimento de todos os setores da sociedade para combater a pobreza, a injustiça social, as lacunas educacionais e as condições precárias de vida, entre outros fatores que influenciam a saúde das pessoas.

Todos têm um papel a desempenhar, estimulando debates e contribuindo para o diálogo sobre políticas que podem ajudar o seu país a alcançar e manter a saúde universal.

Tomadores de decisão podem:

  • Participar em debates estruturados com diversos atores da comunidade que se veem afetados e são essenciais para garantir a saúde universal.
  • Ouvir as demandas, opiniões e expectativas da população em assuntos relacionados à saúde universal, a fim de melhorar as respostas políticas. É possível, por exemplo, consultar a população em diálogos, pesquisas e referendum.
  • Colaborar com organizações comunitárias e defender a saúde universal para explorar soluções viáveis.

Profissionais de saúde podem:

  • Discutir políticas intersetoriais para garantir a disponibilidade, acessibilidade, relevância e competência dos recursos humanos para a saúde universal.
  • Discutir as necessidades de equipes de trabalho interprofissionais, preparadas e motivadas, que são essenciais para atender às necessidades de saúde das pessoas, onde quer que elas vivam.
  • Levantar suas vozes para que os trabalhadores de saúde possam desfrutar de um emprego estável e decente, pois isso fortalece tanto o sistema de saúde quanto o desenvolvimento social e econômico do país.
  • Criar movimentos que promovam acordos de alto nível entre os setores educacional e de saúde, a fim de alcançar padrões de qualidade na formação de profissionais de saúde, com base nas necessidades específicas da comunidade.
  • Defender que a perspectiva de gênero seja incorporada nos novos modelos organizacionais e na contratação nos serviços de saúde.

Pessoas e comunidades podem:

  • Aumentar suas vozes para exercer o direito à saúde e organizar movimentos nacionais em direção à saúde universal.
  • Comunicar suas necessidades, opiniões e expectativas a formuladores de políticas públicas, políticos locais, ministros e outros representantes da população.
  • Fazer-se ouvir por meio das mídias sociais para garantir que as necessidades de saúde da comunidade – e outras necessidades – sejam levadas em consideração e priorizadas em nível local.
  • Convidar organizações da sociedade civil a ajudar para que as necessidades da comunidade sejam de conhecimento dos formuladores de políticas.
  • Compartilhar suas histórias com a mídia.
  • Organizar atividades como fóruns de discussão, debates sobre políticas, concertos, marchas e entrevistas para proporcionar às pessoas a oportunidade de interagir com seus representantes sobre o tema da saúde universal através dos meios de comunicação e das redes sociais.
  • Advogar para que os governos implementem estratégias que motivem as equipes de saúde, usando incentivos econômicos, desenvolvimento profissional e medidas de qualidade de vida para mobilizá-los a permanecer em áreas remotas e negligenciadas.

Os meios de comunicação podem:

  • Destacar iniciativas e intervenções que ajudem a melhorar o acesso a serviços de qualidade e de proteção financeira para pessoas e comunidades.
  • Mostrar o que acontece quando as pessoas não conseguem obter os serviços de saúde dos quais precisam.
  • Responsabilizar formuladores de políticas e políticos, por meio de documentários, por exemplo, em relação aos compromissos que assumiram com a saúde universal, enfocando pontos fortes, pontos fracos e novos desafios a serem enfrentados (como o aumento das doenças crônicas não transmissíveis ou o envelhecimento da população).
  • Criar plataformas de diálogo entre beneficiários, comunidades, seus representantes políticos e formuladores de políticas, por meio de debates, entrevistas e programas de rádio, por exemplo.

Fonte: SUSConecta/Organização Pan-Americana de Saúde



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