CNTU, Febran e entidades defendem merenda escolar sem agrotóxicos
Nutricionistas apresentam duas propostas de projeto de lei à Câmara Municipal de São Paulo, pela inclusão de alimentos orgânicos e contra o uso de agrotóxicos no município
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A CNTU, juntamente com diversas entidades na “Frente pela Alimentação Saudável, pela Agricultura Orgânica e Contra o Uso de Agrotóxicos”, debate a campanha nesta segunda-feira na Câmara Municipal de São Paulo. O presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran), Ernane Rosa, tem um encontro com o vereador José Américo (PT) para entregar um documento a respeito do consumo de agrotóxicos pela população brasileira.
Hà duas propostas de projetos de lei para a capital paulista: “obrigatoriedade de inclusão de alimentos orgânicos na alimentação escolar do Sistema Municipal de Ensino” e a “proibição do uso e comercialização no Município de São Paulo de agrotóxicos que apresentam em sua composição alguns princípios ativos nocivos à saúde”. O intuito é melhorar a situação da agricultura, da produção alimentar e da alimentação escolar em São Paulo.
O Brasil é um dos países que mais consome agrotóxicos no mundo, segundo dados do Sindicato Nacional para Produtos de Defesa Agrícola (Sindage). Cada brasileiro ingere 5,2 litros de agrotóxicos por ano. Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apontam que há dificuldade de controle sobre os agrotóxicos usados na lavoura por falta de recursos humanos e laboratórios, enquanto a velocidade de consumo avança. Os produtos mais contaminados são o arroz, alface, mamão, pepino, uva e pimentão, mas a soja, o leite e a carne também não estão livres dos agrotóxicos.
Brasil Inteligente
A CNTU tem um projeto intitulado Brasil Inteligente, que tem como missão mobilizar os brasileiros e autoridades do país a criar soluções positivas para a vida, organização e o progresso social. Um dos temas discutidos pelo projeto é o uso abusivo de agrotóxicos. A entidade apoia todos os movimentos referentes a este tema.
Os outros temas discutidos pela CNTU são: educação continuada, internet pública, mobilidade urbana, qualidade na saúde pública, reabilitação bucal, tecnologia e inovação na Amazônia e uso racional de medicamentos.
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