Nutricionistas abaixo do piso no Estado de São Paulo
Categoria cobra do governo estadual paulista o pagamento do piso salarial e melhores condições de trabalho.
O Sindicato dos Nutricionistas do Estado de São Paulo (Sinesp) vem cobrando a secretaria estadual de Educação melhores condições de trabalho para a categoria. Segundo a entidade, cerca de 40 profissionais da área que atuam na merenda escolar do Estado recebem salários abaixo do piso da categoria, que hoje é de R$ 2.800,00.
Em reunião, em junho último, com representante da secretaria houve um compromisso de uma resposta ao pleito até 31 de julho. Todavia, até o momento a secretaria não se manifestou a respeito.
Segundo o presidente do sindicato e da federação nacional (Febran), Ernane Silveira Rosas, a questão vem se arrastando desde 2013, quando foi realizado um concurso público oferecendo 80 vagas aos profissionais da área. “À época, houve a promessa de que os nutricionistas teriam seus salários valorizados com benefícios, o que também não aconteceu”, reclama. Por isso, conforme a entidade, muitos nutricionistas desistiram das vagas em razão dos baixos salários. “Quem permanece na função vem sendo penalizado com sobrecarga de trabalho para atender várias escolas estaduais.”
Rosas não tem dúvida que quem perde com a falta de reconhecimento do profissional é toda a sociedade. “Especialmente as crianças que ficam sem atendimento, sem uma refeição balanceada e adequada capaz de prevenir doenças e promover a saúde”, lamenta. Ele prossegue: “Investir em merenda escola de qualidade é investir no futuro do País. É manter a saúde das nossas crianças e evitar que desenvolvam problemas de saúde pelos maus hábitos alimentares tornando-as adultos doentes.”
A liderança ainda mostra a contradição do governo estadual quando aplica R$ 517.373.389,44 (segundo dados do site da Secretaria da Fazenda) para contratar empresas de refeições coletivas que fornecem Merenda Escolar no Estado. “Se o governo pode aplicar um valor expressivo em terceirizações, por que não pode pagar salários condizentes com as responsabilidades que os nutricionistas têm que assumir?”, questiona.
A situação de desvalorização dos profissionais dentro do governo paulista está sendo denunciada, informa Rosas, a todos os deputados estaduais e aos parlamentares eleitos pelo Estado ao Congresso Nacional. “Enviamos, ainda, uma carta ao governador Geraldo Alckmin e ao secretário de Educação, tentando sensibilizá-los com relação à situação.”
Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação CNTU
Com informações do site do Sinesp
Leia também
Comentários
Sou uma das nutricionistas da SEE/SP e gostaria de apresentar a vocês o vídeo (paródia) que fizemos em protesto ao salário.
https://www.youtube.com/watch?v=VyeSSyTLCLQ
Como a reportagem mostra, o piso é de 2800,00 mas a nossa realidade vai muito além disso, ganhamos 1200,00.
Mais uma vez agradecemos!
Assine o RSS dos comentários